Ao jornal O Estado de São Paulo


Uberlândia, 21 de janeiro de 2002


Prezados(as) Senhores(as)


Nesta época de pouca energia, racionamentos e apagões, o Brasil deveria acordar para o enorme desperdício de luz que ocorre na iluminação artificial noturna, pública e privada, pelo simples fato de que uma parte do fluxo é dirigida para cima, devido à utilização de luminárias mal concebidas.

Tendo-se em vista a influência prejudicial da iluminação noturna dispersiva no meio ambiente, particularmente sobre a saúde de plantas, animais e seres humanos e pela inutilização do céu noturno como patrimônio científico natural, torna-se evidente que já é passada a hora de nosso país tomar medidas para acabar com esse gasto inútil. Afinal de contas, antes de os governos cobrarem economia da população, é necessário que o bom exemplo seja dado por eles, ao contrário do que vemos hoje nas cidades.

Há dez anos venho denunciando este problema. Espero que não tenhamos que esperar mais dez para que o Brasil acabe importando alguma solução de fora, pagando por ela e citando o combate à poluição luminosa como se fosse uma novidade do Primeiro Mundo.

Saudações.


Roberto F. Silvestre



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