Viagens pelo hiperespaço


A famosa NCC-1701 beirando um buraco negro

Acelerar uma nave até atingir uma velocidade comparável à da luz exige uma quantidade enorme de energia, tornando impossível nossa sonhada viagem às estrelas, pelo menos para a época atual.

Muitos livros e filmes apresentam uma idéia muito interessante, que é a de utilizarmos atalhos pelo hiperespaço como alternativa para encurtar as distâncias estelares. Embora isso pareça apenas ficção científica, algumas surpresas teóricas da Física moderna nos deixam desconfiados de que podem existir dimensões superiores, além das que conhecemos. Essas outras realidades estariam próximas, mas invisíveis a nós, e, se soubéssemos como romper as barreiras que nos separam delas, talvez pudéssemos nos deslocar sem esforço até distâncias inimagináveis.

Um dos caminhos sugeridos pela Ciência é o dos buracos negros em rotação, aqueles objetos estranhos que sugam matéria e de onde nem mesmo a luz consegue escapar. Estudos indicam que seria possível fazer uma aproximação controlada de um deles e utilizar suas propriedades para lançar a nave a um ponto distante, no nosso universo ou até mesmo em outro, num tempo muito curto.

Ainda não podemos testar tais coisas, porque não temos buracos negros estocados em nossos laboratórios e nem mesmo lá fora, no espaço próximo. Por isso, resta-nos aguardar pelas conquistas científicas futuras.

Com todas as dúvidas que temos atualmente, acredito que as primeiras coisas que deveríamos querer saber de um visitante extraterrestre é de onde ele veio e o que fez para chegar até aqui.


Roberto F. Silvestre
Jornal Correio - 20/10/2001



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