Ocorrem mais eclipses totais do Sol do que eclipses totais da Lua, em termos absolutos. Entretanto, quando há um eclipse total da Lua, a quantidade de pessoas que pode vê-lo é muito grande, porque a sombra da Terra atinge a Lua e quem estiver vendo a Lua vê o eclipse. No caso do eclipse total do Sol é diferente, porque é a sombra da Lua que atinge a Terra e só vão ver o eclipse total as pessoas que estiverem dentro da estreita faixa da superfície terrestre por onde a sombra lunar passa.
Pode-se dizer, então, que os eclipses totais da Lua ocorrem com freqüência um pouco menor, mas são os mais vistos. Os eclipses totais do Sol, embora um pouco mais freqüentes, são menos vistos de um mesmo lugar da superfície terrestre.
Nada existe de perigoso na luz dos eclipses. Uma Lua eclipsada terá menos luminosidade do que uma Lua Cheia comum, que não causa nenhum dano à visão das pessoas. Um Sol totalmente eclipsado não joga luz sobre os nossos olhos e também não pode nos causar problemas. O perigo está em olhamos diretamente para a superfície brilhante do Sol, que certamente queimará nossas retinas, haja ou não um eclipse em andamento.
Quem usar filtro vai perder a festa, porque os eclipses da Lua devem ser observados a olho nu ou até mesmo com binóculos ou telescópios.
Ninguém perde a visão por olhar um eclipse do Sol durante o período de totalidade. Quem ficou cego foi porque olhou diretamente para o Sol sem uma proteção para os olhos, o que pode acontecer em dias comuns, sem eclipse. O problema é que, quando não há eclipse solar, ninguém está interessado em olhar para o Sol, mas, nos dias de eclipse, a curiosidade das pessoas faz com que elas queiram observar o fenômeno. Algumas, por desconhecimento, colocam em risco os próprios olhos, encarando a parte não eclipsada do Sol sem uma proteção adequada.
A luz do Sol é muito forte e nos impede de olhá-lo diretamente, pelo extremo incômodo que causa. Mas, num dia de eclipse do Sol, se a área solar eclipsada for grande, esse ofuscamento desagradável fica reduzido. É aí que está o perigo, porque as pessoas podem se sentir à vontade para fazer uma observação direta sem proteção de filtros, queimando seus olhos.
No Brasil, muita coisa tola foi dita e escrita sobre o eclipse solar total do dia 3 de novembro de 1994. Jornais e TVs de algumas cidades da Região Sul induziram as pessoas a ficarem dentro de casa e fecharem portas, janelas e olhos. Algumas escolas simplesmente apavoraram seus alunos. Muitas pessoas perderam a oportunidade, talvez única em suas vidas, de presenciarem o espetáculo mais belo da Natureza.
Os pólos geográficos e os pólos magnéticos da Terra não coincidem. A agulha da bússola segue as linhas do magnetismo terrestre, que variam no tempo e no espaço. Portanto, em geral, ela não vai apontar exatamente para o Pólo Norte.
Quando conhecemos o erro angular da bússola para o local onde estamos, podemos fazer a correção e encontrar a verdadeira direção do Pólo Norte. Procure informações sobre cartas magnéticas e descubra a correção que deve ser aplicada em sua cidade.
Se você quiser ver a força gravitacional terrestre atuar sobre uma bússola, largue a bússola e observe sua queda e destruição. O que orienta a agulha da bússola é o magnetismo terrestre, não sua gravidade.
É muito fácil construir uma bússola, usando uma bacia com água, um objeto leve, flutuante e não magnético e uma agulha de aço previamente magnetizada. Coloque a agulha sobre o objeto flutuante e veja como ela gira para alinhar-se ao campo magnético da Terra.
Muitos satélites artificiais são visíveis a olho nu, desde que procuremos por eles no momento certo: logo após o Sol se pôr, no início da noite, ou logo antes de o Sol nascer, ao final da madrugada, que são os períodos em que temos o céu escuro e o satélite iluminado.
A aparência de um satélite comum é a de uma estrela em movimento. Algumas vezes, quando o satélite é de metal polido de um lado e opaco de outro, podemos vê-lo piscar. É normal também o desaparecimento relativamente rápido de um satélite, quando ele penetra na sombra da Terra.
A Lua é um satélite da Terra e não tem motores nem combustível. Ela fica em órbita, que é como uma queda permanente, sem atingir a Terra. Os satélites artificiais funcionam pelo mesmo princípio. Depois de colocados na altitude pretendida e na velocidade adequada a ela, eles permanecem em órbita como a Lua, sem a necessidade dos motores.
Quanto mais baixa a órbita de um satélite, mais sujeito ele está a sofrer a influência do atrito com a atmosfera terrestre superior. Mesmo sendo fraco, esse atrito vai lentamente freando o satélite e reduzindo a sua altitude. Com o tempo, ele pode vir a entrar na parte mais densa da atmosfera e cair.
Pesquise sobre o SkyLab, o laboratório espacial dos Estados Unidos, e descubra o que aconteceu com ele.
Um satélite é dito estacionário quando sua órbita fica sobre a linha do Equador e o tempo necessário para ele circundar a Terra é de 1 dia. Assim, como a Terra dá uma volta em torno dela no mesmo tempo, o satélite fica praticamente parado no céu e permite o direcionamento das antenas parabólicas para ele. Mas ele está também em órbita e se move rapidamente ao redor da Terra para acompanhar sua rotação, porque cairia se estivesse parado, atraído pela gravidade do nosso planeta.